terça-feira, 9 de março de 2021

Entrevista Familiar

 

Prefeitura Municipal de São José de Mipibu

Secretaria Municipal de Educação

Atendimento Educacional Especializado

Formulário de Avaliação Familiar no Período Pandêmico

 

Aluno: Jhonata Pereira da Silva

Polo de Atendimento: Severino Bezerra

 

1-    No ano de 2020, como está o desenvolvimento do seu filho em termos de aprendizagem?

(   ) Avançou.  (   ) Estacionou.  (   ) Regrediu. 

Avançou bastante. Conseguiu acompanhar as aulas e melhorou até na leitura.

2-    Com relação à linguagem

(   ) Consegue se comunicar.  (   ) Comunica-se com dificuldade.  (   ) Usa Libras.  (   ) Usa o corpo

Está se comunicando bem melhor, inclusive dizendo o que está sentindo, coisa que ele não fazia.

3-    Com relação à leitura

(   ) Só nomeia imagens.  (   ) Diz letras aleatórias.  (   ) Lê palavras simples.  (   ) Lê com fluência

Consegue ler quase todo tipo de texto. Usa muito as redes sociais e entende tudo o que escrevem pra ele.

4-    Com relação à escrita

(   ) Faz rabiscos   (   ) Faz desenhos e letras misturadas.  (   ) Escreve palavras.  (   ) Escreve texto

Ainda escreve com certa dificuldade e desenvolve melhor quando usa letras maiúsculas

5-    Marque se houve prejuízo na:

(   ) Memória   (   ) Concentração.  (   ) Atenção   (   ) Afetividade

Esquece-se normalmente das coisas, tem boa concentração, mas se não consegue algo fica com raiva, desiste, mas depois tenta de novo.  É nervoso direto e se estressa fácil, mas a mãe diz que é carinhoso com ela.A atividade que prende mais a atenção dele é jogar bola.

6-    Como está seu raciocínio lógico?

(   ) Conhece o calendário   (   ) Conhece dinheiro   (   ) Faz contas com ajuda   (   ) Faz contas sem ajuda

Pergunta frequentemente pra se orientar que dia do mês é e também qual o dia da semana. Conhece todas as cédulas , mas não sabe quanto tem que receber de troco. Faz contas com a ajuda da mãe que utiliza risquinhos e bolinhas para ajudá-lo.

7-    Marque se ocorreu durante o ano:

(   ) Internações   (   ) Crises convulsivas   (   ) Surtos   ( x. ) Auto agressão

 

8-    Quanto às atividades remotas:

(   ) Acompanhou algumas.  (   ) Não acompanhou por falhas de internet

Ele realizou algumas atividades remotas, mas tinha dificuldade nas que exigiam desenho. Nas demais, a mãe fazia a leitura e ele acompanhava.

9-    Relate como a família o estimulou durante esse período de pandemia:

  A mãe o colocava para ler, escrever e estudar um pouco mais, incentivando-o.

10- Sugestões para a escola:

11- Se a escola entregasse as atividades impressas seria melhor.

Retomando o caminho

Caríssimos, como é bom retomar algo que nos dá prazer em fazer e que abre tantos horizontes de aprendizagem. Apesar de nunca termos nos afastado da Educação Inclusiva, este período foi primordial para uma atualização da nossa prática. Enfim, aqui estamos para juntos percorrermos caminhos previsíveis e imprevisíveis para que o conhecimento e a aprendizagem chegue a todos!

terça-feira, 24 de junho de 2014

O AEE e a história de Palomar




“O modelo dos modelos”
Italo Calvino
Houve na vida do senhor Palomar uma época em que sua regra era esta: primeiro, construir um modelo na mente, o mais perfeito, lógico, geométrico possível; segundo, verificar se tal modelo se adapta aos casos práticos observáveis na experiência; terceiro, proceder às correções necessárias para que modelo e realidade coincidam. Houve um tempo em que se buscava um ideal de homem e de sociedade baseado na perfeição física e mental. Aqueles que não se encaixavam neste padrão eram desde o nascimento eliminados. Com o passar dos anos e principalmente sob os efeitos das guerras mundiais, foi se pensando em corrigir as deficiências de modo que os sujeitos se aproximassem de um padrão de normalidade.
[..] Mas se por um instante ele deixava de fixar a harmoniosa figura geométrica desenhada no céu dos modelos ideais, saltava a seus olhos uma paisagem humana em que a monstruosidade e os desastres não eram de todo desaparecidos e as linhas do desenho surgiam deformadas e retorcidas. Mesmo com todo esforço, estudos, experiências e tecnologias, percebeu-se que o ser humano não se encaixaria em um único padrão e que sempre que se tentava homogeneizar um determinado grupo, mais diferenças surgiam, saltavam aos olhos.
 [...] A regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando: agora já desejava uma grande variedade de modelos, se possível transformáveis uns nos outros segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no tempo e no espaço. Aqui ocorre uma grande evolução de pensamento, uma quebra do paradigma da normalidade para a aceitação das diferenças como forma enriquecedora das relações. O resultado de tudo isso é uma série de combinações possíveis onde todos são beneficiados.
[...] Analisando assim as coisas, o modelo dos modelos almejado por Palomar deverá servir para obter modelos transparentes, diáfanos, sutis como teias de aranha; talvez até mesmo para dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si próprio. Essa mudança ocorre também no interior do educador. Não é mais algo que ele observa de fora, mas tudo faz parte de um processo no qual ele também está incluído, desfazendo ideias cristalizadas, (pré) conceitos enraizados.
Neste ponto só restava a Palomar apagar da mente os modelos e os modelos de modelos. Completado também esse passo, eis que ele se depara face a face com a realidade mal padronizável e não homogeneizável, formulando os seus “sins”, os seus “nãos”, os seus “mas”. Aqui começa-se a enxergar possibilidades onde antes só se via os defeitos, começa-se a considerar que os defeitos não necessariamente estavam nos sujeitos, mas na própria estrutura que foi criada para aquele determinado grupo ideal.
Para fazer isto, melhor é que a mente permaneça desembaraçada, mobiliada apenas com a memória de fragmentos de experiências e de princípios subentendidos e não demonstráveis. Não é uma linha de conduta da qual possa extrair satisfações especiais, mas é a única que lhe parece praticável. De tudo nos fica uma lição: a partir de agora não seremos nunca mais os mesmos, nos abriremos sempre ao novo, consideraremos sempre outras possibilidades.

terça-feira, 3 de junho de 2014

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS COM ALUNOS COM TGD

 Tatiane Lima de Araújo




1.   Título da atividade : A Conversa com os Dados
2.   Público a que se destina: Alunos com TGD
2.1: Série: 2º ano fundamental
3.   Local de utilização: Sala de AEE



Objetivo: Conversação com conteúdo social.
Comunicar, significa reorganizar e coordenar situações com finalidades sociais distintas. Passerino & Bez (2013), dizem que é justamente por meio dos símbolos linguísticos, enquanto signos, que é possível a construção e a partilha de significados dos mesmos.
Motivação / Interesses: O assunto que a criança goste de conversar (ex: carros, etc.).

Preparação: Faça dois dados gigantes  (caixas quadradas embaladas em papel). Um dado será o dado das “situações”, cada face terá uma situação diferente relacionada com a área de interesse de sua criança (ex: o carro quebrando, comprando um novo carro, etc.). No outro dado, escreva em cada face nomes de pessoas que a criança conhece (ex: membros da família, o seu nome e o nome da criança).

Início da Atividade: Explique para as criança a atividade. Neste jogo, cada um tem a sua vez para jogar ambos os dados ao mesmo tempo. A combinação entre a situação e o nome da pessoa dita então o tópico da conversa. A idéia é conversar sobre como aquela pessoa específica agiria naquela determinada situação. Queremos encorajar conversas que tenham o foco em informações pessoais ao invés de informações factuais. Se você jogar os dados e obtiver a mesma combinação uma segunda vez, jogue o dado dos nomes novamente até que você tenha um nome diferente como tópico da conversa.

Possíveis intervenções no AEE – Aumentando o Nível de Motivação: Você joga os dados primeiro e então descreve como você acha que aquela pessoa agiria naquela determinada situação. Descreva a situação de forma animada, divertida, e bem detalhada, como se estivesse pintando um quadro da cena. Procure adicionar na sua descrição vários interesses da criança. Por exemplo, se a criança gosta de humor, inclua na história pessoas escorregando ou deixando coisas cair, etc. Estimule a criança a ter a vez dela. Auxilie a criança a contar a história o quanto você achar necessário, e celebre quaisquer idéias ela oferecer. Continue alternando a vez entre os jogadores.

Solicitação: Quando a criança entender bem o mecanismo do jogo e estiver altamente motivada, comece a introduzir desafios maiores. Ofereça menos auxílio, fique em silêncio e espere que a criança ofereça mais idéias espontaneamente. Se a criança oferecer uma descrição apenas factual do que poderia acontecer naquela situação, ou uma descrição geral não relacionada à pessoa em questão, celebre esta descrição e solicite que ela traga elementos mais específicos para aquela história tendo em mente como aquela pessoa em particular agiria naquele contexto. Se necessário, ofereça algumas dicas relativas à personalidade daquela pessoa específica (ex: “Você se lembra como o Beto gosta de conversar o tempo todo? O que você acha que ele faria se o carro dele quebrasse?”).

Fonte: diariomaedeumautista.blogspot.com.br/p/apoio-pedagogico.html

REFERENCIAS
Bez. Maria Rosangela. Linguagem e Comunicação. In: Curso de Atendimento Educacional Especializado. Disciplina: AEE E TGD. 2014.